Ambiente, educação e sustentabilidade

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Mangue argentino ainda
não se livra de barreira ilegal
O governo da província argentina de Corrientes não consegue cumprir uma sentença do máximo tribunal do distrito, que há quase um ano ordenou a demolição de uma barreira de 30 quilômetros que está afetando o valioso ecossistema de Esteros del Iberá (água que brilha, em língua guarani). A construção, com 1,5 metro de altura e seis de largura, foi erguida pela empresa Florestal Andina, sem autorização nem estudo de impacto ambiental, no Iberá, uma reserva natural de 1,3 milhão de hectares de banhados, florestas, lagoas de baixa profundidade, pastagens e palmeirais.

A área é hábitat de mais de uma centena de espécies de peixes, 40 de anfíbios, 60 de répteis e cerca de 345 de aves, além de mamíferos como o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), ou “raposa grande” em guarani, a lontra (Lontra longicaudis), parente do ratão-do-banhado, e o veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus). A reserva é compartilhada entre o estado provincial e proprietários privados. As autoridades controlam sobretudo as águas, enquanto a maior parte da terra firme está privatizada e dedicada à exploração pecuária e florestal, à agricultura e ao turismo.

Entidades convocaram pela Internet que fossem enviados correios eletrônicos ao Ministério da Produção de Corrientes, do qual depende o ICAA. A campanha se chama “Não aos muros. Salvemos o Iberá”. Apesar de tudo, a ordem judicial constitui um precedente na jurisprudência ambiental, segundo a advogada dos queixosos, Patrícia McCormack. “É a primeira vez que a Justiça dá uma ordem deste tipo”, ressaltou. Andrés Nápoli, da Fundação Ambiente e Recursos Naturais, concordou que a sentença é inédita. “É a primeira vez na América Latina que uma sentença judicial ordena a demolição de uma obra ilegal por causa de seu impacto ambiental”, assegurou.

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Papel semente: uma novidade que vai brotar

O Papel Semente é descartado sem gerar nenhum dano ao meio ambiente e ainda gera uma mudinha para complementar sua horta. Ele é artesanal, 100% biodegradável, e quando plantado e cuidado corretamente, tem suas sementes germinadas e se transformam em hortaliças como rúcula, agrião e cenoura.

Na sua produção, fibras da bananeira são selecionadas, cortadas e fervidas e depois entram em processo de bateção, gerando assim a pasta para ser desenvolvido o papel. Em seguida, as sementes de hortaliças são incrustadas à pasta que se transformará em folhas de papel após serem prensadas e secas ao sol.

O Papel Semente é produzido por uma comunidade empreendedora em Itariri, no Vale do Ribeira em São Paulo gerando 16 empregos diretos. São inúmeras as possibilidades de uso desse papel, desde convites e envelopes, Kits Plante & Cultive, envelopes, até peças que podem ser criadas, desenvolvidas e customizadas com o Papel Semente.

Fonte: Envolverde

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