Reciclagem do óleo de cozinha produz até biodiesel
sábado, 6 de dezembro de 2008
Por falta de informação, grande parte da população ainda descarta na pia, no lixo comum ou mesmo no ralo o óleo utilizado na cozinha. O produto pode contaminar a água e o solo. Atenta a isso, a Sabesp tem apoiado, intensivamente, projetos de reciclagem de óleo de cozinha em Osasco, Santos, Lorena; e é parceira de um projeto pioneiro de reaproveitamento do óleo proveniente de frituras, o Prol, montado pela ONG Trevo e pela Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro Cerqueira César (Samorcc), que já atinge mais de mil condomínios, além de bares e restaurantes.
ONG fornece uma bombona de 50 litros, geralmente colocada nas garagens, para que os moradores a encham com o óleo utilizado. A Sabesp também oferece orientações sobre a iniciativa, além de recomendar a instalação de caixas retentoras de gordura nas residências e em estabelecimentos comerciais como restaurantes, padarias, entre outros. O conteúdo dessas caixas é recolhido por empresas credenciadas, que se encarregam de despejá-lo nas ETEs adequadas para tal recebimento.
Um litro de óleo pode poluir mais de 20 mil litros de água. Independentemente do volume de água afetado, o produto reduz o oxigênio nos corpos d'água (rios e lagos), prejudicando a vida aquática. O processo desencadeado tende a formar uma camada impermeável que dificulta a oxigenação da água. Porém, o risco maior está nos resíduos que aderem como cola à rede coletora, provocando entupimento e refluxo de esgoto.
O descarte indevido nos lixões ou na rede de esgoto contamina o solo, a água e provoca a ocorrência de enchentes. Despejado no ralo ou misturado ao lixo orgânico, o produto vai custar caro ao meio ambiente. Dessa forma, é fundamental que a população seja informada sobre a maneira adequada de descarte do produto, sem prejuízos ao ambiente.
Uma das alternativas para o óleo vegetal é utilizá-lo como matéria-prima em indústrias de fabricantes de produtos como o biodiesel, sabão, detergente, ração animal, graxas e cosméticos. O biodiesel, por exemplo, é produzido pela reação de um álcool de cadeia curta (etanol ou metanol) e óleo vegetal. De acordo com o governo federal, além de inibir a dependência ao petróleo, o combustível pode tornar-se uma importante fonte de divisas para o Brasil, somando-se ao álcool, como fonte de energia renovável que o país pode e deve oferecer à população mundial.
No estado de São Paulo, o óleo que não fica retido no encanamento é tratado nas mais de 300 estações de tratamento de esgoto (ETE) da Sabesp. Segundo a companhia, além do lixo jogado indevidamente nos vasos sanitários, o acúmulo do óleo é um dos principais causadores das obstruções nas redes e ramais domiciliares.
Apesar de já existirem iniciativas para fabricação de sabão caseiro, a Sabesp alerta para o fato de que a atividade envolve riscos, por conta do uso de soda cáustica no processo, podendo ocasionar acidentes. Recentemente, a empresa criou uma marca de identidade para o Prol, utilizando como garoto propaganda o Gotucho, um dos personagens do Clubinho Sabesp (www.clubinhosabesp.com.br), um site criado pela Sabesp especificamente para conscientizar o público infantil.
Tempo de decomposição do lixo no meio ambiente
quinta-feira, 6 de novembro de 2008O que é e como funciona a coleta seletiva ?
domingo, 26 de outubro de 2008O Brasil produz aproximadamente cerca de 100 mil toneladas de lixo por dia, sendo que cada cidadão gera em média 500 g desse total. Geralmente temos a concepção que lixo é tudo que não nos serve mais e tem que ser descartado. Mas a maioria do que julgamos ser lixo constitui-se como sendo material que pode ser reutilizado, ou seja, reciclado.
Através da reciclagem (reaproveitamento) os materiais separados poderão ser utilizados como matéria prima para a fabricação de um novo produto.
É aí que entra em cena a coleta seletiva de lixo, que na nada mais é que a separação e acondicionamento de materiais que podem ser potencialmente reciclados, como por exemplo: papéis, metais, plásticos e vidros, entre outros. Lembrando sempre que o lixo orgânico (restos de alimentos, cascas de frutas, legumes e folhas) devem ser separados do restante podendo ser transformado em adubo.
Para facilitar no processo de separação, usamos cores e símbolos em coletores específicos para cada material. Aqui segue uma lista dos materiais recicláveis e seus respectivos coletores:
PAPÉIS (azul)
Jornais, papelão, papel de computador, papel de escrit'roio, papel branco, papel misto, revistas e impressos.
VIDROS (verde)
Copos, garrafas, vidros coloridos, frascos de remédios e jarras.
PLÁSTICOS (vermelho)
Embalagens de alimentos, de produtos de limpeza e de beleza, tampas, brinquedos e peças plásticas.
METAIS (amarelo)
Latas de bebidas, alimentos e biscoitos, bandeja e panelas, ferragens, grampos, fios elétricos, marmitas, alumínio, cobre e aço, latas de produtos de limpeza, tubos de pasta de dente.
Como já dizia Lavoisier "Na natureza nada se perde, nada se cria tudo se transforma". E a reciclagem torna-se essencial para a economia de recursos naturais como por exemplo água e energia, recursos estes cada vez mais escassos, e sobretudo para a diminuição do impacto ambiental causados pelo lixo gerado. Continue Lendo >>